quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quer correr, corra uma milha. Quer mudar sua vida, corra uma Maratona.

Em princípio não percebi, mas passados alguns meses, reconheço que ter corrido uma Maratona me modificou.

Cheguei a desdenhar de Zatopek com sua frase antológica: quer correr, corra uma milha. Quer mudar a sua vida, corra uma Maratona.

Mas, hoje, sinto que conquistei uma serenidade que desconhecia e devo isso ao fato de ter enfrentado os tais 42km!

Nitidamente, adquiri uma nova forma de ver as coisas. Você pode pensar que me tornei um indivíduo aguerrido ou impetuoso. Mas não: ao contrário. Hoje sei o poder da paciência e, principalmente, da perseverança.

Apreendi uma nova forma de agir, distinta do meu quase onipresente imediatismo patológico. Percebi que não preciso ser o melhor ou chegar antes de todos, mas apenas garantir consistência e regularidade. Que, respeitar meu próprio ritmo é fundamental, desde que eu me mantenha em movimento e, aqui está a grande revelação, rumo à minha meta; rumo a uma meta! Seguindo sempre de olhos nela, sem deixar de apreciar cada detalhe da paisagem que surge durante os longos percursos - e isso não é necessariamente uma metáfora.

Estou totalmente Maratonado e isso é bom. Digo ainda que essa é uma reforma definitiva, pois não surgiu na euforia do pós prova. Me percebi melhor, mais calmo e menos ansioso. Não estou dizendo para substituírem a Ritalina por uma Maratona. Também não estou fazendo apologia à corrida. Mas devo isso à ela - essa reflexão; esse registro. Devo isso à Maratona por ter garantido minha oportuna transformação.

Um grande Abraço.

Luiz Guilherme Loivos de Azevedo


Um comentário:

  1. Excelente Guilherme! Tanto pela forma bonita que escreveu quanto pelo fato em si: Sua transformação! Parabéns!

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